Dentro do centro, no cerne,
a mosca persiste, o amor,
o verme que germina em flor,
que cresce, cresce,
e não termina.
Mas está lá, dentro do centro,
no cerne, no fundo, recusada.
Mas está lá, a flor de abelha
e mel amargo cultivada.
Um dia, se quebra a crosta.
Em outro ela se reconstrói,
me destrói, mostra força.
Assim se espalha o verme,
que cresce, cresce,
e se equivale à flor.
E a abelha, de seu ventre,
ri, corre e corrói,
zomba de nós:
alegria e dor.