12 junho, 2007

DENTRO DO CENTRO

Dentro do centro, no cerne,
a mosca persiste, o amor,
o verme que germina em flor,
que cresce, cresce,
e não termina.

Mas está lá, dentro do centro,
no cerne, no fundo, recusada.

Mas está lá, a flor de abelha
e mel amargo cultivada.

Um dia, se quebra a crosta.
Em outro ela se reconstrói,
me destrói, mostra força.

Assim se espalha o verme,
que cresce, cresce,
e se equivale à flor.

E a abelha, de seu ventre,
ri, corre e corrói,
zomba de nós:
alegria e dor.

2 comentários:

Larissa Minghin disse...

Dentro do centro, quanta coisa existe!
Insiste. Reside. Se faz. crIA.

De fora, o desINTERessante olhar de quem vê e não sente.

Larissa Minghin disse...

;o)